quarta-feira, 30 de maio de 2012

Lisboa

Ultimamente tenho ido a Lisboa com alguma frequência (infelizmente pelas piores razões); sempre que paro num sinal vermelho ou fico retida no trânsito, aproveito para admirar as janelas, varandas e azulejos que adornam muitos dos edifícios lisboetas.
A tarde hoje estava quente e Lisboa estava linda com aquela luz que tão bem a caracteriza; os jacarandás já floriram e ao passar pelas suas ruas lembrei-me de uma passagem que li ontem neste artigo  "But tiles like these, used this way, were a revelation. It was as if Lisbon wore a set of jewels that other cities didn’t bother to. "   

Maluda conseguiu captar essa beleza tão nossa de uma forma singular. Ficam aqui alguns exemplos:




 



 

 


imagens tiradas daqui http://maluda.eu/?page_id=3

Gosto de ver o pormenor das cortinas de renda e de alguns símbolos da cidade reflectidos nas janelas, como os Quiosques, as cabines de telefone, os eléctricos etc





  

terça-feira, 29 de maio de 2012

Magic words

Gelado / banana / sem lactícinios / sem açucar / 100% natural / fácil / saboroso

Tenho de experimentar fazer isto !! Gelado de banana + Nutella soa-me divinalmente bem :)

Vi a receita aqui que por sua vez foi tirada daqui de onde tirei esta foto.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Por aqui III

                                                            Acordou-se com mimos


Jardinou-se


Aturou-se uma birra descomunal porque pensa que as cerejas são uvas e quer que tiremos a pele ... santa paciência ...



Fizeram-se batidos de banana e cereja para o lanche


Enternecemo-nos com a vida que passa lá fora


Devoraram-se crepes sem tempo de carregar a bateria da máquina para umas fotos :p
Obrigada Petzi !









sábado, 26 de maio de 2012

Tempos de mudança

Cresci numa aldeia na zona do Oeste, os meus pais, e quase toda a gente da aldeia e das redondezas, tinham um terreno onde cultivavam os seus próprios legumes.
Nos anos 80 havia campos com vinhas, com cereais e campos com batatas, cebolas e couves; entretanto os nossos avós foram falecendo e muitas dessas vinhas e desses campos foram ficando abandonados; à medida que os nossos pais vão envelhecendo também muitos desses quintais ficam por cultivar e é este o cenário um pouco por todo o país ...
Mas actualmente esse cenário está a mudar, cada vez se vê mais jovens a mudarem-se para o campo, recuperando terrenos de família ou comprando os seus próprios terrenos e recomeçando uma nova vida mais ligada à terra; uns fazem-no porque simplesmente estão saturados da vida citadina outros porque perderam tudo e esta é a única luz ao fundo do túnel.
As razões são tantas quantas as pessoas que decidem dedicar-se à terra, seja em menor ou maior escala.
Embora a " crise " seja uma das grandes responsáveis por esta mudança, não deixa de ser curioso que numa fase tão díficil que todos nós atravessamos, essa mesma crise nos dê a oportunidade de recomeçar, de tirar da gaveta aquele plano B que tínhamos medo de pôr em práctica .
O nosso país é um país maioritariamente rural e com imensos recursos e potencialidades a nível agrícola, turístico etc e é uma pena desperdiçá-lo .
Enfim isto são só reflexões superficiais de um assunto que merece bem mais atenção mas acho que o velho provébio " A necessidade aguça o engenho " faz todo o sentido  nos tempos que correm.
Isto para dizer que me enche de satisfação ver cada vez mais pessoas a plantar as suas alfaces, tomates e morangos na varanda; de assistir à proliferação das hortas urbanas,  que o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles sempre defendeu, e que tantas tantas vantagens trazem, não só a quem está directamente envolvido como também às própras cidades, (sejam elas organizadas em talhões cedidos por empresas ou pelas próprias câmaras ou à beira do IC19); de ver jovens empreendedores a investir na plantação de ervas aromáticas ou mirtilos que na sua grande maioria tem de ser importados porque cá não há.
A todas essas pessoas um aplauso ! Acho que este é mesmo o caminho :)


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pois ...


Tem sido mais ou menos assim nos últimos meses ...  às duas da manhã acorda e quer ir para a nossa cama; ando sem coragem para enfrentar a gritaria que ela faz de cada vez que a tento pôr na cama dela e vou cedendo ... tou lixada : (


quarta-feira, 23 de maio de 2012

As rosas da minha infância


Definitivamente Maio é o mês das rosas; por onde quer que andemos vêem-se rosas de todas as cores e tamanhos; nos jardins, a espreitar por cima dos muros e até na beira da estrada.
Confesso que não sou grande fã de rosas e quanto ao perfume, à excepção de uma ou outra qualidade, a maioria  não cheira practicamente a nada .
Hoje ao passar por um caminho, vi umas rosas brancas silvestres iguais às que o meu avô paterno tinha na horta dele.
De imediato e num micromilésimo de segundo, vi-me a mim e à minha irmã, a brincar na horta do meu avô.
O meu avô sempre foi uma pessoa muito reservada e de poucas palavras; embora fosse casado com a minha avó, passava a maior parte do tempo na sua horta, numa outra casinha, numa outra localidade a poucos km de distância da aldeia onde todos nós vivíamos. Isso causava-me alguma estranheza mas como eu era criança e como era uma aventura ir até à horta do avô até nem me importava ...
A casa tinha apenas duas divisões: uma cozinha, da qual só me lembro dos mosaicos em xadrez brancos e vermelhos e da alegria que sentia cada vez que a minha mãe ou a minha tia os lavavam e eles ficavam a brilhar nas suas cores vivas, que na maior parte do tempo estavam escondidas por uma patine de terra e pó; e também tinha um quarto só com uma cama onde eu, a minha irmã e o meu primo muitas vezes brincamos debaixo daqueles cobertores cinzentos.
Da casa do meu avô via-se o comboio da linha do Oeste que rasgava o monte em frente  e que apitava sempre enquanto passava, parecendo saudar-nos.
Ao lado morava  uma tia; tinha um papagaio (que não me lembro o nome), vacas e uma burra com uns cascos que nunca tinham sido aparados e que pareciam umas socas; tinha também um marido com um olho de vidro.
Para irmos para a horta do avô passávamos por um caminho que culminava num bebedouro onde nós e as vacas da tia bebíamos água; quase sempre , a descer ou a subir o caminho, tínhamos um encontro imediato com as vacas e como o caminho era relativamente estreito não sabíamos onde nos havíamos de meter quando elas nos apareciam pela frente.
Não havia portão para entrar na horta do avô mas sim um pequeno muro de pedra que tinhamos de saltar; logo à esquerda ficava o tal arbusto com rosas brancas silvestres; um pouco mais à frente um grande tanque cheio de água e limos que nos entretíamos a tirar com canas, a água não parava de correr por um cano que vinha do bebedouro e que por sua vez era abastecido pela água da nascente onde morava um peixinho cinzento que eu ia sempre espreitar.
A horta do avô estava dividida em três socalcos e para irmos de uns para outros tínhamos de descer ou subir uns degraus feitos de pedras que saíam do próprio muro; havia todo o tipo de árvores de fruto e legumes, lembro-me de brincar por entre o labirinto de feijoeiros que trepavam pelas canas acima e da grande nespereira que havia no fundo da horta.
O meu avô lá andava com a sua enxada de um lado para o outro sempre metido com os seus pensamentos e em silêncio, não me lembro de ele nos sorrir nem de falar connosco mas eu gostava dele assim. Lembro-me que um dia sentei-me ao pé dele enquanto ele puxava de um cigarro do seu maço às riscas vermelhas e cremes, perguntou-me se queria um ( tinha eu 6 ou 7 anos), disse-lhe que sim, acendeu-me e eu puxei o fumo, achei horrível e cuspi aquele sabor e as palhinhas que me ficaram na boca, ele riu-se e eu, escusado será dizer nunca mais toquei num cigarro ...
Um dia encontrei uma caixa de lata com a letra I gravada na tampa, pensei em guardar lá um desenho e enterrar a caixinha no socalco do meio, perto das escadas e a três passos da ameixieira ( era assim que se fazia nos filmes ).
Entretanto o meu avô morreu, a terra e a casa ficaram votadas ao abandono, enquanto se faziam as partilhas e aquelas coisas de crescidos. Só muitos anos depois é que lá voltei e foi com muita tristeza que vi a grande nespereira e tudo o resto engolida pelo mato que ao longo dos anos cresceu ávidamente pela terra; teimosamente furei caminho por entre as ervas do meu tamanho e consegui chegar ao local onde muitos anos antes tinha enterrado a caixinha de metal; três passos a contar da ameixieira que, não sei como, resistira estes anos todos sem cuidados absolutamente nenhuns; escavei com as minhas mãos, tinha a certeza que não a enterrara com muita profundidade; escavei , escavei , mais para a esquerda , mais para a direita e não a encontrei ... será que ainda hoje lá está ou alguém a descobriu antes ?
Hoje, tal como no dia em que, após a morte do meu avô, ao mexer nos bolsos do seu casaco encontrei palhinhas dos cigarros no fundo nos seus bolsos, emocionei-me ao cheirar aquelas rosas brancas que não cheiravam a nada e cheiravam a tanto.


 




domingo, 20 de maio de 2012

WTF ???

Sou só eu a achar isto absolutamente rídiculo ?? Mas desde quando existem robôs capazes de escreverem comentários nos blogues do pessoal ??
 Ainda por cima às vezes a porcaria das palavras têm umas letras manhosas difíceis de decifrar e eu como sou um bocado pitosga nem sempre acerto à 1ª o que me faz sentir uma perfeita idiota ...
Isto é mesmo necessário ? Qual é o objectivo ? Por favor expliquem-me como se eu fosse uma criança de 4 anos.



Prove que não se trata de um robô

Imagem de desafio reCAPTCHA

sábado, 19 de maio de 2012

Por aqui II

Uns arrumavam por um lado e outros ( leia-se filhotas endiabradas ) iam atrás semeando o caos e a destruição ( e não , não estou a exagerar ... ) desde tirar tudo o que tinha da minha carteira, até entornar um frasco de verniz no chão do quarto, provar um pacotinho de sílica que tinha dentro de uma mala, entornar um frasquinho de gel de banho na gaveta dos pentes e máquina de barbear e gastar quase metade do sabonete líquido para lavar as mãos  ia tendo um ataque de nervos ( e tive mas pronto ... ).
Agora finalmente há paz e silêncio, as filhotas dormem ( AAAAAAAAALELUIA  e ouve-se um coro de anjos !!! ) o marido foi ter com os amigos e eu estou sozinha ( suspiro e um sorriso de felicidade ).
Tenho a casa limpinha; fizemos um bolo para o almoço de amanhã com uns amigos; ouvi o 1º single do próximo albúm da minha banda favorita e agora vou comer um belo prato de cerelac e ver uma maratona da série How I met your mother ( bendito http://www.wareztuga.tv/series.php?p=1 ).
Então muito boa noite, passem bem e eu também .

A receita do bolo encontrei-a aqui  é muito fácil de fazer e a acompanhar com uma bola de gelado e um ou dois morangos é delicioso !




sexta-feira, 18 de maio de 2012

...

A Leonor do Flagrante Delícia   partilhou no Facebook uma curta metragem muito bonita e comovente que eu gostaría de partilhar aqui.
Ora vejam. Espero que gostem e que reflictam ...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Decisions decisions ...

Hoje tive de ficar em casa com a minha mémé pequena; pensei: "calha mesmo bem, tenho tanto que fazer ... " só que a raça da miúda que em casa da avó dorme sestas de 2 / 3 horas, aqui faz grandes fitas para adormecer na cama dela, e como se já não bastasse este calor insuportável, levar com uma daquelas birras quando se tem tanto para fazer ainda nos faz transpirar mais ... resultado: tive de a adormecer na minha cama ... quando finalmente adormeceu "aaahhh que paz, que silêncio e que bem que se está aqui na caminha" pensei eu " mas mas mas tenho a roupa toda para passar e mais uma máquina de roupa para estender ........ " e lá está o sentimento de culpa que a maioria de nós , mamãs, sentimos quando os nossos filhotes nos dão oportunidade de descansar, e nós, feitas " moiras", em vez de aproveitarmos vamos fazer mil e uma coisas que, verdade seja dita, hão-de estar seeeempre por fazer ( há sempre loiça , roupa etc etc para lavar, arrumar and so on and so on ).
Huuuummmm should I stay or should I go ???
Pois decidi ficar na minha cama com a minha mémé a dormir uma bela sesta;  e que bem que me soube ! Ao fim de uma hora levantei-me e passei a roupa quase toda a ferro !



segunda-feira, 14 de maio de 2012

Lx Factory

Este sábado fui conhecer o novo espaço lisboeta de que todos falam , fica em Alcântara e chama-se Lx Factory .
É um espaço interessante, muito industrial ( como o próprio nome indica ) e com espaços de lazer que convidam a uma manhã ou tarde muito bem passadas entre um brunch, uma paragem na livraria,uma vista de olhos nas várias lojas que vão abrindo e até mesmo na galeria de arte, não deixando de provar o famoso bolo de chocolate da Landeau ( que confesso foi o que me levou lá ) é sem dúvida um espaço a conhecer melhor.
Ainda há muitos espaços fechados, outros tantos em obras, mas não tenho dúvidas de que é um local onde muita gente vai querer erguer os seus projectos e onde muitos lisboetas (e não só ) vão querer estar nos seus tempos livres.
Eu hei-de lá voltar em breve, até porque aos domingos realiza-se uma feira de artesanato urbano onde alguns autores de blogues que sigo e gosto estão lá representados; uma delas é a Cláudia do blogue http://www.aplacefortwiggs.com/ e foi através do blogue dela que conheci o bolo da Landeau ( eu sei, eu sei, não posso ver um bolo a piscar-me o olho ... )

1º fomos dar uma vista d'olhos ...




A 1ª paragem foi na 1300 Taberna para beber um refresco e pôr a conversa em dia com uma grande amiga.


E antes de irmos embora tivemos de ir (a)provar o tal bolo de chocolate ... recomendo ; )
(A foto do bolo foi tirada pela minha amiga V.)
 

Uma das coisas que mais gostei foi da decoração dos vários espaços que espreitamos, entre a decoração industrial, vintage e até mesmo kitsch.


Para terminar a tarde em beleza, um passeio à beira Tejo :)


sábado, 12 de maio de 2012

Esta agora !

Acabei de ler no blogue da Constança  que parece que surgiu uma espécie de movimento ( "Things I'm Afraid to Tell You" ) em que algumas pessoas defendem que nos blogues não devemos  pôr só imagens lilis e passarinhos a chilrear, parece que há pessoal a ficar traumatizado, deprimido e frustrado por ver demasiada coisa boa e bonita por essa blogosfera; querem sangue, suor e lágrimas ....................................................
Poupem-me ... a sério ? Então mas não era suposto cada um partilhar o que bem entende nos seus próprios blogues ? Que eu saiba não se pode agradar a gregos e a troianos, quem gosta gosta quem não gosta tem bom remédio, que procure um blogue com o qual se identifique mais!
Agora isto : " And so today, in lovely little spaces around the web, a handful of brave and authentic bloggers will be adding their voice to what I hope will become a beautiful chorus of honesty and transparency around blogland" é hilariante ...
Eu já sou crescidinha, vejo as notícias e leio os jornais todos os dias, falo com as pessoas que, tal como eu/ nós trabalham, têm filhos, uma casa para organizar e mil e um afazeres que nem sempre são muito divertidos de fazer mas sinceramente a última coisa que me apetece é, nos meus poucos momentos de lazer, vir para aqui ver ou ler cenas tristes e deprimentes, eu sei como é a vida, sei como é a realidade mas também sei que estamos rodeados de coisas simples e belas e que quase as deixámos de ver porque parece que vivemos numa autoestrada em que tudo nos passa ao lado e não há tempo para saborear as coisas boas da vida ... epá cada um escreve e lê o que o que quer, para ver tristezas vejo o programa do Goucha ou da Fátima Lopes !

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Onde termina a nossa liberdade e começa a do outro ?

Hoje quando cheguei a casa fui dar um passeio com a minha filha mais velha aqui pela vizinhança; ia tirando algumas fotos ao que, aos meus olhos, eram especiais; quando passei por uma velha casa com algumas galinhas comecei a tirar umas fotos, quando sou abordada por uma senhora num tom extremamente hostil a perguntar quem é que me tinha dado autorização para tirar fotos às galinhas ... eu perguntei-lhe quem ela era ao que me respondeu que era a dona das galinhas.
Como não faço ideia de alguma legislação que possa haver acerca do respeito pela propriedade alheia, ( nomeadamente se podemos tirar ou não fotos ao gato, ao jardim ou às galinhas do vizinho sem pedir autorização ) respondi-lhe que andava apenas a passear com a minha filha e a tirar fotos  ao que achávamos engraçado que não achei ofensivo tirar fotos às galinhas, ao que ela me respondeu que não era normal uma pessoa andar por aí a tirar fotos a casas e a galinhas ... enfim tivemos ali uma troca de palavras nada agradáveis, só não insisti muito porque estava com a minha filha e a senhora era de facto muito desagradável, disse-lhe então e para terminar a conversa que se ela me provasse que era dona das galinhas eu apagava as fotos; felizmente que chegou um senhor mais velho e lhe disse para ela se calar e me deixar em paz , puxou-a por um braço e lá foi ela a refilar e a dizer que eu não era normal ...

Sabem se existe alguma legislação sobre este tema ?

Aqui ficam as fotos do nosso passeio, podia ter tirado uma foto à senhora mas acho que ela não ia achar muita graça ;)







terça-feira, 8 de maio de 2012

As histórias que vieram morar cá para casa

A garrafa onde se guardavam as sanguessugas para " tirar os maus humores "

Aqui o pote dos biscoitos ( os esquecidos, como eram chamados lá em casa ) que estava sempre em cima da mesa, nesta foto está em cima de uma das muitas peças de linho que eu trouxe e o banquinho que se vê nas fotos era onde a mãe do meu sogro se sentava para verificar a comida que estava ao lume e onde por vezes amamentava os 9 filhos.

À esquerda o jarro onde se aquecia o leite, à direita o pote onde se guardava a banha e em baixo o
 " barranhão " onde se temperavam as carnes para os enchidos.


O prato onde se serviam as refeições quando íamos lá de férias e uns lindos bules que felizmente ninguém quis :)

Mais um lindo prato usado em dias de festa, uma tigela e um prato de uso diário e a lanterna usada para ir à loja ( leia-se piso térreo onde estavam os animais ) ou  à rua de noite


Esta vassourinha era a que usavam para varrer a casa ( não havia vassouras de cabo ), a cafeteira azul tem perto de 200 anos, a outra é mais recente e era a que usavam habitualmente para fazer o café, a travessa também a achei muito bonita e consegui trazê-la.


Aqui podemos ver uma caixa de latão onde se guardavam cartas e documentos importantes; um canivete do pai do meu sogro; a caixa de lata era a caixinha da costura; o chifre era onde se guardava a pólvora e a rodilha ou " sogra"  era o que as mulheres usavam na cabeça para transportarem potes com água, alguidares e até mesmo lenha que equilibravam em cima da cabeça.



Jogo de dominó usado habitualmente guardado numa caixa de sabonetes


Algumas peças mais "finas" que eram utilizadas em ocasiões mais especiais.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Que futuro ?

A semana passada ouvi, assim de raspão na rádio, que nos últimos cinco anos aumentou em 80% a compra de medicamentos para a hiperactividade e a concentração das crianças ... eu, como educadora, já me habituei a que os pais digam que os seus filhos são hiperactivos ... eles sabem lá o que é a hiperactividade, as crianças são, de uma maneira geral, activas, curiosas, barulhentas mas não são TODAS  hiperactivas !
Os pais também preocupam-se cada vez mais ( e desde tenra idade ) se os filhos já sabem escrever o nome, se já sabem contar até 100, se já sabem o alfabeto de cor etc etc como se uma criança de 3 anos já devesse saber o mesmo que uma de seis; costumo dizer aos pais que não devemos começar a casa pelo telhado, que há uma série de coisas a explorar e a descobrir sobre o meio que as rodeia e que eles têm muito tempo para aprenderem a escrever e a contar; evidentemente que se uma criança me pergunta quais as letras do seu nome ou que nº é aquele eu respondo, satisfazendo a sua curiosidade.
Acho que os pais, como principais educadores, deviam ler mais aos seus filhos, levá-los mais a passear, em vez de se meterem em centros comerciais e deixá-los sujarem-se mais ... enfim, isto agora dava para aqui pano para mangas; mas estamos a seguir o rumo errado no que diz respeito à educação dos nossos filhos, estamos a dar prioridade ao que efectivamente não é de todo assim tão importante e estamos a criar uma sociedade assustadora com as crianças ( amanhã adultos ) todas formatadas ... ao ouvir a notícia na rádio, lembrei-me de imediato de algumas palestras  que ouvi de Ken Robinson( http://sirkenrobinson.com/skr/ ) sobre educação, que são absolutamente brilhantes; o homem é genial e tem muito sentido de humor também ! Vejam e sobretudo oiçam pois vale mesmo a pena ;)

Changing Education Paradigms



Bring on the learning revolution


 School kill creativity

domingo, 6 de maio de 2012

Obrigada

Obrigada mãe por me teres proporcionado uma infância tão feliz, por me teres guiado durante a adolescência e por estares sempre sempre presente. Amo-te tanto, todos os dias .

Um obrigada às minhas filhotas por me proporcionarem momentos tão felizes e gratificantes e  por me mostrarem o que é o verdadeiro amor incondicional. Amo-vos tanto, todos os dias.