quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

I wish

Antes, quando era criança e ia a caminho da escola, costumava pôr uma pedrinha em cima de um muro e pensar " se quando regressar da escola a pedrinha ainda aqui estiver é porque está tudo bem "; e quando regressava da escola e a pedrinha ainda lá estava sentia uma grande paz pois dentro de mim sentia que a ordem de todas as coisas estava a funcionar e que nada poderia correr mal ... quem me dera hoje pôr uma pedrinha em cima de um muro e acreditar que tudo vai correr bem .
 
 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Por aqui IX

Fizemos o que o tempo mandou : dormimos todos uma bela sesta
 

 
E quando despertamos fomos saudados com um sorriso multicolor

 
"O que é que vamos fazer  mãe ? "
 
E se experimentássemos uma receita nova ?
 
 
tão fácil e tãããão bom ;)
 
receita tirada daqui

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O deus das pequenas coisas



 


 
 
 
Reino de medusas e água lisa
Reino de silêncio e pedra
Habitação das formas espantosas
Coluna de sal e círculo de luz
Medida de Balança misteriosa
 
 
Sophia de Mello Breyner Andresen - Mar
 
 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Daqui

da minha janela gosto de ver os gatos e os quintais dos vizinhos, gosto de ver os pássaros e de ouvir o amolador , de suspirar e de poder ficar assim sem ter aonde ir , nem ter que fazer ... gosto de poder só estar

 
 

 
 

 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

DMD Day - # 41

Uma das músicas mais ouvidas, mais queridas e mais pedidas nos concertos da banda !
 
Já tive a sorte de a ouvir duas vezes ao vivo e é daquelas que cria um nozinho na garganta ... Adoro Adoro Adoro e já tenho tantas mas tantas saudades de os ver e ouvir ao vivo que chega a doer ... eu sei , eu sei, já tenho idade para ter juízo :p

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

My work

Convido todos os que passam por aqui a conhecerem os trabalhos que tenho realizado através do projecto Macaquinhos no sotão e a juntarem-se a nós no Facebook .
Ajudem os Macaquinhos a crescer e a chegar mais longe ! Partilhem com os vossos amigos !

Obrigada :)
 

 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Janelas e azulejos - Setúbal

Ontem fomos celebrar o 79º aniversário do meu sogro a Setúbal e matar saudades do famoso choco frito; embora o tempo não estivesse grande coisa ainda deu para dar um pequeno passeio pela Av. Luísa Toddy onde não resisti a tirar algumas fotos a edifícios com fachadas em azulejo como eu tanto gosto.
Depois do almoço o tempo piorou e desistimos de ir a Tróia, onde o meu sogro já não ia há muitos anos, regressámos pela bonita estrada da Serra da Arrábida, sempre debaixo de chuva :(
Para compensar paramos em Azeitão numa casa de chá e deliciámo-nos com a bela torta de Azeitão !
 
Assim que chegamos a Setúbal e nos dirigimos ao centro, deparamo-nos com esta curiosa construção que faz parte de um edíficio antigo completamente abandonado e em avançado estado de degradação, o que é uma pena ... já perguntei a um amigo de Setúbal se ele sabe a história desta construção e ele ficou de investigar, assim que souber partilho aqui :)
 
 
 





 
 
 
 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O que ficou para trás

A casa do meu sogro é um daqueles casos em que só lhe demos o devido valor quando a perdemos, não é que não lhe déssemos valor mas nunca nos ocorreu que o meu sogro quisésse vender a casa e nós ficarmos sem ela ... para sempre ...
As férias em que lá íamos passar uns dias eram uma aventura em que eu , qual Indiana Jones, enfiava-me na "loja " em busca da "arca perdida " !
Muitos tesouros encontrei que o meu sogro julgava perdidos para sempre; lavei-os, alguns tive de colar e devolvi-os à casa onde sempre viveram.
As pessoas que nasceram, cresceram e que vão morrendo juntamente com a casa e os seus objectos não lhes dão o valor que nós lhes damos; para nós são preciosidades para eles são objectos banais do dia a dia.
Nos anos 80 houve muitos antiquários que andavam nas aldeias em busca destas preciosidades; em troca de pratos, terrinas, travessas já rachadas, alguns com agrafos, convenciam as pessoas a trocar por serviços de loiça ou vidro e no fim todos ficavam satisfeitos, os primeiros porque tinham trocado ouro por batatas e os segundos porque se tinham livrado dos tarecos velhos e ficado com uns novos ...
A família do meu sogro era uma família relativamente abastada em comparação ao resto da aldeia, mas ao longo dos anos houve muita coisa que desapareceu; restaram poucas loiças, poucos móveis, e quando os irmãos mais velhos, que ainda viviam lá em casa, decidiram fazer nalgumas partes da casa, aquelas obras espectaculares em que se substitui as janelas e portas de madeira pelas de aluminio, o chão e tectos de madeira por cimento, os móveis centenários cheios de bicho da madeira e caruncho por novos de fórmica, houve muita coisa que foi atirada para a loja e outras coisas simplesmente foram deitadas para o lixo ou queimadas ...
Então o que restou foi pouca coisa em comparação ao que já tinha havido; mesmo assim havia ainda um lindo louceiro que nós, sozinhos, restaurámos e que era a jóia da coroa lá de casa, onde colocámos as loiças mais antigas e outras peças que andavam perdidas pela casa.
O louceiro ficou, a cómoda que viram no post anterior também, malas, arcas e baús alguns com roupas comuns mas outros com peças de linho antiquíssimas também ficaram ( só trouxe algumas peças ) , a mesa da sala, as cadeiras e os banquinhos ( só touxe um ) também não pudemos trazer, as camas de ferro, a grande panela de ferro também ficou para trás ... e ficaram as escadas de granito onde nos sentávamos depois do jantar a conversar e onde o meu sogro ano após ano contava as mesmas histórias e nós, mesmo já as tendo ouvido dezenas de vezes, voltavamos a ouvir com a mesma atenção e voltavamos a fazer as mesmas perguntas que sabíamos que o meu sogro contava que as fizesssemos; ficou o morceguito que ao lusco fusco lá nos vinha cumprimentar com os seus voos circulares, ficou o som dos animais nas lojas dos vizinhos, ficou a paisagem das terras que se perdia de vista até à Serra da Estrela que víamos da janela da cozinha, ficou muito mais do que eu alguma vez  conseguiria aqui escrever ... agora já está, acabou.
A senhora que comprou a casa vai remodelá-la para o filho que voltou da Suiça, embora o meu sogro lhe tenha pedido para ela o contactar caso encontre algo que ela sinta que pertença à família tenho as minhas dúvidas; no fim ela é que ficou com  a "Arca perdida " que afinal sempre esteve ali em frente aos nossos olhos ...
 
 





 
A história continua, mas o capítulo do Marmeleiro chegou ao fim.
 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Outras relíquias

Duas das peças mais antigas e valiosas que o meu sogro tinha lá em casa, eram um relógio e um Cristo, ambos com mais de 200 anos (pois já pertenciam a uma tia do meu sogro que, era ele ainda criança, e ela já tinha perto de 90 anos ).
O meu sogro fez questão de ficar com o relógio e o Cristo foi para o outro herdeiro; além do relógio trouxe ainda um quadro bordado por uma das irmãs e é ela que aparece na foto quando era criança.






O sobrinho do meu sogro e a esposa ficaram com o Cristo e outro quadro bordado pela Mimi


( ninguém estava com muita pachorra para as minhas fotografias portanto algumas foram tiradas de fugida, antes que arrumassem as coisas, e acabaram por ficar  muito más ... )