sexta-feira, 30 de maio de 2014

Enjoy the moment ...

"True joy lacks the wild ups and downs of an excitement-based life. It’s a peaceful landscape, filled with peaceful thoughts and peaceful emotions. Indeed, it’s so peaceful that, to our adrenaline-soaked culture, it looks rather plain. In fact, I like to think of it as the plains of peace.
You can probably look back on times that didn’t seem very memorable when they were happening but that stand out in retrospect for their sweetness: floating in the ocean on a summer day; seeing the sun set as you drove home from work; picking berries in the country with friends. Relive those moments—the sound of the surf, the breeze on your face, the taste of salt on your lips, the gentle rocking of the water—and you’ll see that they’re rich, layered, and powerfully sustaining to the soul. Beagles, who wag their tails over every small joy, seem to recognize these moments continuously. Humans, not so much.
If you worry that your life is lacking in events so exciting they’ll make your head spin like an industrial food processor, I have good news: You can relax. The best way to increase genuine joy is to stop searching for manic highs and instead explore the plains of peace. Happily, you’re in the perfect place to begin: this very moment."



Texto original daqui visto aqui :)

Bom fim de semana!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Memórias olfactivas

Outro dia aconteceu uma coisa muito estranha, estava a brincar com o meu gato e gosto de esfregar a minha cara no seu pêlo macio, quando encostei o meu nariz ao pescoço dele e senti o seu cheiro senti um baque no peito pois lembrei-me de imediato do meu querido e saudoso avô Zé que faleceu quando eu tinha 11 anos.
O meu avô Zé era uma das pessoas mais queridas e bem dispostas que eu já conheci, tinha um sorriso aberto e ria também com os olhos, que ficavam muito pequeninos.
Lembro-me de estar a brincar no páteo ao fim da tarde e de o ver chegar na sua pasteleira com o saco de pano com o seu farnel pendurado no guiador; corríamos para ele e ele ria e dáva-nos grandes palmadas nas costas ( carinhosamente) e chamava-nos mananotas! Lembro-me que quase sempre tirava um pedaço de queijo do saco e com a sua navalha cortava-o e partilhava-o connosco; era um queijo flamengo que já não se encontra facilmente nos dias de hoje, mas quando o encontro e o provo, fecho os olhos enquanto o saboreio e vejo o meu querido avô a sorrir para mim em cima da sua bicicleta.
A importância dos cheiros nas nossas memórias é uma coisa curiosa, a mesma pessoa ou casa ou outra coisa, pode exalar um cheiro que para uns é agradável e traz recordações especiais e para outros não ... o cheiro do pescoço do meu gato é difícil de definir, não sei porque desencadeou essa memória, mas sei que avivou uma série de recordações que tendem a esbater-se ao longo dos anos e fez com que eu visse o meu avô com uma nitidez há muito perdida.

A última vez que vi o meu avô com vida estava a ver o Panda Tao Tao; disse-me até amanhã como nos outros dias, guardo essa imagem dele na porta da sala a espreitar e a despedir-se ... durante muito tempo não consegui ver este desenho animado pois sentia uma tristeza enorme, agora, de vez em quando, procuro a música e fico sempre emocionada quando a oiço ... meu querido avô, um dia quem sabe se nos havemos de encontrar ...


domingo, 25 de maio de 2014

Fazer é poder

A vida é mesmo uma montanha russa, tão depressa estamos lá em cima como estamos lá em baixo. Além das hormonas, reações químicas, orgânicas  e  todas aquelas coisas que se passam cá dentro e sobre as quais temos muito pouco controle, há que aceitar e respeitar os nossos humores e timings.
Há poucos dias sentia-me sem energia absolutamente nenhuma, não achava graça a nada e não tinha ânimo para fazer nada; claro que estava triste mas dei-me espaço e tempo, reflecti sobre as razões que me levavam a sentir assim (e que eu estou farta de saber quais são) e o facto de estarmos a chegar ao fim do ano lectivo contribui para que o meu cansaço aumente exponencialmente, mas também quem não anda cansado nesta altura do campeonato e a precisar de férias?
O meu cérebro mandava-me fazer algumas tarefas domésticas, que contribuíam em parte para o meu descontentamento, mas o meu corpo não obedecia; deixei-me estar a curtir a neura, havia de passar ...
Ontem, ao passar pelo blogue da Rosa Pomar, li algures a frase " Fazer é poder" e esta frase fez eco dentro de mim, levantei o rabo do sofá, arregacei as mangas e encarei as tarefas, que tinha em stand by, como algo positivo que me faria bem, fi-las uma de cada vez, dedicando-lhes a atenção merecida e no fim senti-me mesmo satisfeita e aliviada.
Limpei a casa, organizei a despensa e limpei o frigorífico, estas duas últimas coisas já me andavam a incomodar, estavam um caos e confesso que eram uma pedra no sapato, mas no fim ficou tudo impecável e isso fez com que eu me sentisse feliz e poderosa!
No fim até fizemos um bolo :)
Há bocado li este post e achei piada pois vai ao encontro daquilo que senti e fiz ontem .


My favorite things - padrões

Não sou muito de ir às compras; quem me conhece sabe que eu tenho pouca coisa e uso-as até se rasgarem- literalmente ( e mesmo assim muitas das vezes peço à minha mãe para dar uns pontinhos).
Mas se há coisa a que eu tenho dificuldade em resistir é a blusas e túnicas; muitas das vezes saio porque preciso mesmo de comprar umas calças e acabo por trazer uma túnica só porque não resisti ao padrão.
Não vou à procura de algo específico em modelo ou cor, normalmente nem vou à procura dessa peça de roupa em particular, como referi, simplesmente olho e sei que aquela é a tal, destaca-se entre todas as outras, há um sininho que tilinta dentro de mim e eu sei que tenho de a ter ... pode nem ser nada de especial para as outras pessoas mas para mim sim.
E todas nós sabemos como uma peça que para nós é especial pode trazer outra confiança no dia a dia:)


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Estou além

O despertador toca, respiro fundo e grito um NÃÃÃÃOOO para dentro, quero ficar mais tempo na cama, lá fora chove tanto ...
Levanto-me e ligo o piloto automático, repito todas as rotinas diárias como se fosse uma gincana, sei que tenho de passar por todos os postos e só posso descansar no fim.
Finalmente em casa, respiro fundo, respiro fundo outra vez ... sinto cá dentro do peito um vazio onde o ar não chega, que os suspiros não preenchem  ... falta qualquer coisa ...
Talvez devesse começar a practicar desporto ... ou voltar às caixas ... aprender uma coisa nova?...
Não sei. Não me apetece fazer nada. Só me apetece é dormir.




Estou Além

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

António Variações




domingo, 18 de maio de 2014

Bolsa de oxigénio

É o que sinto quando estou no Chão Verde.
Vamos lá com alguma frequência mas ontem passamos lá o dia. Gosto tanto de estar em casa com as minhas coisas que tendo a esquecer-me de como alguns sítios e algumas coisas me fazem bem.
E o Chão Verde faz-me tão bem! Sinto-me imediatamente descontraída, o tempo assume outra dimensão e o cheiro a pinhal desintoxica-me!
Passar a tarde recostada numa cadeira a conversar com a minha família, enquanto lemos revistas, sentir o sol na cara filtrado pelos pinheiros, ver as minhas filhas a fazerem paparocas com água e terra, dar um passeio e observar as ervas, as terras e ser surpreendida por, não um mas dois coelhos, que são tão mas tão difíceis de fotografar, mas que ontem, pura e simplesmente, pararam a olhar para mim e ali ficamos os dois a olhar um para o outro e  foi sem dúvida um momento especial pelo qual me senti grata.










quarta-feira, 14 de maio de 2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Festival Internacional da Máscara Ibérica

No sábado fui até Lisboa ver o desfile das máscaras ibéricas. Gostei tanto!
Nunca tinha visto nenhum careto ao vivo, e ver assim tantos (eram à volta de 30 grupos) foi fantástico!
Uns caretos mais exuberantes que outros, tanto nos trajes como no comportamento, as cores, as máscaras, o som dos chocalhos, dos bombos e das gaitas de foles foi absolutamente emocionante!
Foi bom ver que a grande maioria das pessoas por trás das máscaras são jovens cheios de garra e de brio pelas suas tradições; esperemos que estas se perpetuem por muitos e longos anos!






Para quem quiser compreender um pouco melhor as origens destas tradições deixo aqui este excerto que tirei daqui

(...)"As máscaras de Carnaval derivam do paganismo, ao culto dos mortos.
Para os pagãos da antiguidade, um dos meios para conciliar os maus espíritos era antropomorfizá-los.
Embora haja actualmente uma real explicação histórica para estes eventos, não podemos colocar à margem o pensamento mito-religioso destes acontecimentos sem subtrair ainda a simbologia que neles encerram.
Estas festas de Inverno do Nordeste de Portugal e na vasta zona de Zamora, são essencialmente da responsabilidade dos rapazes, sempre acompanhados por alguém menos jovem, que vai passando o testemunho da sua experiência e assim manter intactas as tradições populares.
Geralmente os rapazes reúnem-se para a missa do Natal. Após a eucaristia entram então em cena os “caretos”, para surgir com acutilância, a crítica social, camuflada por uma comédia bem direccionada.
São autênticos seres mágicos e satânicos, tudo levado a preceito para atormentar as almas e castigar os corpos das suas “vítimas” preferidas: as belas moças da localidade, que são o alvo apetecido dos folguedos mais ou menos atrevidos, com grande variedade de máscaras.

(...)No entanto, os principais rituais acontecem pelo Natal e Ano Novo.
O primeiro tem a ver com antigas festividades solesticiais de Inverno, com grandes fogueiras em honra do “Natale Solis Invicti”; é a luz que vence a noite; é nesta ocasião que a luz do dia aumenta e a escuridão diminui.
O segundo ritual encosta-se à Mitologia: No passado, ao tempo da ocupação celta e romana, por estas bandas, fazia-se a “expulsão” do Ano Velho e a celebração da entrada do Novo."
















sexta-feira, 9 de maio de 2014

Já que Maomé não vai à montanha ...

Desde dia 8 que está a decorrer em Lisboa o Festival Internacional da Máscara Ibérica.
Para quem, como eu, aprecia este tipo de arte popular e estas manifestações culturais, é uma oportunidade única de poder ver num único espaço tantos grupos etnográficos que vêm mostrar as suas máscaras, os seus trajes e a sua história.
São mais de 30 grupos que vão participar no desfile de amanhã, entre eles os conhecidos Caretos de Lazarim e os Caretos de Podence.
Podem ver o programa no link acima.




Fica aqui a sugestão ;)
Bom fim de semana!




terça-feira, 6 de maio de 2014

A música portuguesa a gostar dela própria - Diabo na Cruz

No sábado assisti a um concerto dos Diabo na Cruz; já conhecia algumas músicas deles e gosto imenso não só das letras como também da fusão do rock com sons mais tradicionais, que lhes dá uma sonoridade única e que, quanto a mim, a coloca no topo das melhores bandas actuais portuguesas, e felizmente que são bastantes e de qualidade !
Se já gostava agora fiquei fã! Tenho-os ouvido em loop !

O 1º single do albúm que deve sair lá para o Outono :
Vida de estrada


Ando a cantarolar esta música desde o concerto ! É tão linda !
Luzia


sexta-feira, 2 de maio de 2014

Lisboa - Feira da ladra

Já há imenso tempo que queria conhecer a Feira da Ladra; outro dia fui com duas amigas até lá, deixamos o carro ao pé da Casa dos Bicos e fomos a pé até à feira.
Enquanto que a grande maioria das cidades europeias tem aquela ar quase asséptico, com as suas amplas avenidas e os seus edifícios de estilo imperial, Lisboa  é uma cidade velha e torta, onde cada edifício tem uma fachada diferente, ora de azulejos ou pintados de rosa ou amarelo, onde um tem uma porta vermelha e outro azul turquesa; depois tem ainda o eléctrico, os candeeiros ... e aquela vista ... fogo, Lisboa é de tirar o fôlego !! Adoro adoro adoro!
Sobre a feira, como ia acompanhada e as minhas amigas iam apenas a passeio sem fazerem muita questão de apreciarem as bancas, acabou por ser uma visita muito superficial, portanto pretendo lá voltar em breve ;)